
Tecnicismo, educação crítica ou arte/educação intermidiática? E O papel das tecnologias digitais, seus inputs e outputs no ensino atual das Artes Intermidiáticas
PROJETO de site pedagógico de autoaprendizagem:
Letramento Artístico
ARTE EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO: LETRAMENTO ARTÍSTICO DIGITAL NAS ARTES VISUAIS
Introdução:
Diante de estudos, pesquisas e atividades desenvolvidas no âmbito escolar, este site visa através das ferramentas tecnológicas o uso do Letramento artístico digital, para contribuir com o envolvimento autônomo e competente dos sujeitos, da decodificação de códigos escritos sobre suas realidades sociais, culturais e vivências cotidianas, buscando uma leitura critica do mundo através das imagens que estão a volta dos alunos do ensino fundamental, organizando uma prática de leitura visual das imagens, dos objetos e do mundo.
O estudante dever estar inserido na aula enquanto sujeito das aprendizagens. A tecnologia e seus recursos devem ser ferramentas nesse processo.
Para tanto é preciso proporcionar ao discente ser o protagonista de suas produções no que diz respeito às imagens: símbolos, ícones, cores, formas, que por sua vez tem tomado conta das tecnologias na nova era que vivenciamos, e uma aprendizagem eficaz e efetiva de fato é deliberada quando se oferece autonomia para que os alunos percebam-se como sujeitos ativos e participativos da construção do próprio conhecimento do ler/compreender, contextualizar tendo à base da abordagem triangular de Ana Mae Barbosa necessários para fazerem e realizarem suas próprias leituras de mundo, de modo reflexivo e independente, tornando-se aptos a atuarem plenamente em sociedade através da construção o olhar do seu conhecimento, o que, segundo Soares (1998), consiste na apropriação de códigos sobre as práticas sociais.
Tema Problema:
Sabendo que a leitura e a escrita amplia o repertório geral de um indivíduo (leitura de mundo, seus diferentes códigos e recursos), de que forma a escola pode se apropriar da tecnologia e direcionar o(a) estudante criticamente frente aos códigos e símbolos digitais disponibilizados na rede, tornando-o(a) mais autônomo(a) e fluente na linguagem oral e escrita no que diz respeito ao letramento cartográfico imagético com a tecnologia auxiliando no processo de ensino e aprendizagem?
Objetivos:
Geral:
Analisar como a escola se apropria da tecnologia e como ela tem direcionado o(a) estudante frente aos códigos e símbolos digitais disponibilizados na rede, desenvolvendo suas habilidades orais e escritas através das imagens nas artes visuais.
Específicos:
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Ler, entender e contextualizar as escritas de símbolos, ícones, imagens, cores e formas.
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Criar meios diversos de leituras de imagens e objetos.
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Criar registros de diálogos imagéticos, por meio de debates, através dos objetos de estudo, tornando possível fazer a leitura, de mundo utilizando os três pilares apontados por Ana Mae como facilitadores das aprendizagens.
Justificativa:
Hoje a importância de incluir as tecnologias na sala de aula urge pela crescente evolução tecnológica em um espaço dinâmico e em constante transformação, por isso o site pedagógico de autoaprendizagem de letramento artístico digital objetiva contribuir com discursões relevantes para a inclusão da escola frente a era digital, buscando meios para o professor se apropriar dos recursos digitais imagéticos para ensinar os alunos a fazer leituras e uso dos recursos tecnológicos. Importante ressaltar que o projeto fomenta a discussão na escola, entre professores e equipe gestora, acerca da maneira como ela está se apropriando da tecnologia, considerando o(a) que o(a) estudante contemporâneo é um ávido consumidor da internet e dos códigos digitais. Em consonância, sabemos da necessidade da escola organizar seu currículo de maneira que ele propicie que os conteúdos também dialoguem nessa perspectiva tecnológica, despertando no(a) professor(a), também, o interesse em se apropriar dessa nova modalidade de ensino, tornando sua aula mais interessante e estimulante.
O presente projeto nasceu do dia a dia do trabalho em sala de aula, observando o desinteresse do(a) estudante em aprender utilizando apenas a oratória e o quadro (recurso bem antigo para esse mundo contemporâneo). E, concomitantemente, observando a utilização excessiva de celulares em sala de aula, com propósitos distintos da aula e dos conteúdos. Portanto, a especialização oferecida pela UFG em Arte educação intermidiática digital corroborou para que pudesse em consonância ao novo momento estreitar os laços com uma nova educação, contribuindo para criar junto a escola que trabalho uma nova proposta que atenda aos anseios que a nova era digital nos propõe. Contudo, o site de autoaprendizagem Arte educação em movimento: Letramento Artístico Digital nas artes visuais expõe propostas convencionais em possível e encantado diálogo entre as diversas tecnologias podendo ser utilizada dentro de sala e para que seu uso seja um fortalecedor para a inclusão total de uma internet de qualidade e consequentemente o melhor uso dela no que há de melhor para manipular as ferramentas digitais com responsabilidade e maturidade.
Fundamentação teórica:
Encontrar suporte de referencial teórico em letramento existem muitos, porém para área artística é rasa e portanto como afirma Magda Soares:
“Letrar do ponto de vista social é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua escrita a e a leitura dela. E que Soares define como condição de quem não apenas sabe ler, e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”
Contudo, pode-se entender que os aspectos da linguagem, como processo dinâmico e ativo nas práticas sociais, percebe-se o envolvimento do indivíduo nas suas vivências e no convívio na sua comunidade e sociedade. É certo falar que ler e escrever não se restringe ao alfabeto, mas à compreensão do que está por detrás da intenção, seja em leitura de gestos, ações, sons e imagens, que também carrega consigo cartografias históricas que escreve o mundo para ser lido com os olhos de quem as lê.
Sobre estudo o estudo de alfabetizar e letrar da autora Amália Simonetti ela comenta:
A invenção do letramento no Brasil se deu nos meados da década de 80 e só em 2001 é que o dicionário Hoauiss registrou as palavras letramento e letrado, definindo como um conjunto de práticas que denota a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito e que muito se confunde se se fundem com alfabetização.
Paulo Freire defendia que a alfabetização deveria estar ligada ao cotidiano do indivíduo, pois só assim, de forma libertadora, seria atuante da própria história, inserindo-se crítico e agente na vida social, cultural, política, econômica e religiosa de sua região.
Como Paulo freire sempre a frente de seu tempo, ele já falava em letramento que muito hoje é confundido com alfabetização.
Com isso o site busca através de autores renomados uma pesquisa por meio da escrita e leitura o processo de aprendizagem através da prática por imagens de contextos vividos do aprendiz, conectados à histórias do passado e do presente vislumbrando o futuro. Utiliza-se de técnicas criadas desde séculos passados na história da arte vinculando a compreensão da leitura e escrita às produções humanas.
Metodologia/Procedimentos metodológicos:
O site trás metodologias de atividades desenvolvidas em sala, trazendo o uso de recursos tecnológicos diversos, a partir de conteúdos das artes visuais (História da Arte) que dialogue com o contexto histórico social contemporâneo que possa ser utilizado por professores e alunos que traga aprendizagens mais significativas na troca metafórica das vivências histórico social da história do passado com a do indivíduo através da leitura e interpretação de mundo.
Nas artes plásticas o uso de imagens e objetos são recursos utilizados para uma rica reflexão e leitura de mundo fazendo as devidas interpretações no contexto histórico social do aluno para que possa compreender, valorizar, respeitar e atuar de forma crítica no meio que vive, para isso disponibiliza de alguns trabalhos, charges, vídeo aulas e entrevistas da importância da arte na leitura e interpretação visual, sonora, gestual, cantada, digital do mundo a volta do aluno.
Referências Bibliográficas:
PALPFREY, John, GASSER Urs. Nascidos na era digital: Entendendo a primeira geração de nativos digitais. Porto Alegre: Grupo A, 2011.
BARBOSA. Ana Mae (org). et al, (2008) Inquietações e mudanças no ensino da arte. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.
CUNHA, Marcus Vinicius. A epistemologia de John Dewey e o letramento informacional.
MAGDA, Soares. Letramento: um tema em três gêneros. São Paulo: Autência 1999. Disponível em:https://oportuguesdobrasil.files.wordpress.com/2015/02/4soares_letramento.pdf
https://pt.scribd.com/doc/45048824/SOARES-M-Letramento-um-tema-em-tres-generos
SIMONETTI, Amália. O desafio de alfabetizar e letrar. 2ª ed. Fortaleza -Ceára: Editora imeph, 2007.
BARBOSA, Ana Mae. Arte/Educação contemporânea: Consonâncias Internacionais. 2ª. ed. São Paulo; Cortez,2008.
BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em contrução: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 6ª. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FISCHER, Ernest. A necessiidade da Arte. 9ª. ed. Rio de Janeiro: editora, zahar editores, 1983.
CARVALHO, Andréa B. M. et al., (2007) Arte, Letramento e Tecnologias: Recursos de Aprendizagem e Motivação no Ensino Fundamental. Universidade de Brasília – UNB Instituto de Artes. Julho 2007.
FRANCHI, Eglê. Pedagogia do alfabetizar letrando: da oralidade à escrita. 9ª.ed. editora cortez, 2013
Referências de Sites Educativos:
http://portal.mec.gov.br/pro-letramento
https://cenpec.wixsite.com/relatinst2013/letramento
http://www.itatiba.sp.gov.br/Programas-e-Projetos/letramento-em-programacao.html
http://probrasil.org.br/letramento-e-arte/
http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNSP_d35ccfe0a686336211d3dece5bde66de
https://pt.slideshare.net/Professoratete/a-arte-no-processo-de-alfabetizao-e-letramento
PROJETO EM EXECUÇÃO:

